domingo, 21 de outubro de 2007

Review/Resenha: Time To Be Free - Andre Matos


E aew galera DO METAL? Blz?
Antes de mais nada, gostaria de agradecer o retorno positivo daqueles que tiveram a oportunidade de conhecer esse blog. Estou ansioso para novas postagens. E digo mais, em breve teremos novidades!

Bom, vamos ao que interessa: Time To Be Free - Andre Matos.

Andre Matos é um artista que dispensa apresentações. É um dos vocalistas de metal mais conhecidos (e reconhecidos) tanto aqui no Brasil quanto lá fora. Possui uma carreira digna de respeito, no mínimo. Tantos trabalhos, tantas melodias, tantas experimentações, tantos sucessos. O que resta? Amor ou ódio. O lugar comum que percebo no meio é : ame-o ou deixe-o. Esse talvez seja o grande defeito dos fãs do heavy metal, o extremismo "xiita"... Entretanto, este não é o tema de hoje, quem sabe outro dia falo sobre isso xD.

Mas se você é alienígena e não conhece o cara, vamos a um breve histórico (sem precisar consultar fontes, confesso que sou fã do Andre e acompanho seu trabalho): Andre Matos iniciou sua carreira cedo. Inspirado principalmente pelo Iron Maiden, já fazia seus covers na puberdade. No começo da adolescência, sua banda, o Viper, alcançou bons resultados com o Soldiers of Sunrise e o Theatre of Fate, inclusive no exterior (principalmente no Japão). Já aí ele mostrava sua tendência em misturar o clássico com o heavy, além de impor linhas melódicas em seus vocais. Depois desses dois álbuns, saiu do Viper e formou aquela que talvez seja uma das duas bandas mais importantes e influentes do metal nacional, junto com o Sepultura: o Angra. O sucesso foi relevante: Angels Cry estourou nas paradas japonesas, Holy Land é aclamado até hoje pelo bom resultado em impor ritmos locais no metal e Fireworks, apesar de um pouco renegado na época de lançamento, mostrou toda a maturidade musical nas composições. Após um dos episódios mais mal contados na história do Heavy Metal, o Angra se separou e Andre Matos, levando junto o baixista Luis Mariutti e o baterista Ricardo Confessori, formou o Shaman. Outra cacetada: a "bolacha" Ritual juntou novos fãs àqueles que já o acompanhavam pelo Angra e até música em novela global teve (Fairy Tale, na novela O Beijo do Vampiro). Então, o Reason foi lançado. Talvez aí as críticas ao Andre foram mais fortes. Alegando querer fazer um heavy mais seco e direto, o Shaaman (sim, dessa vez com um "a" a mais por conta de brigas judiciais) lançou um trabalho que desagradou boa parte dos fãs. As já citadas linhas melódicas e influência de música clássica quase não estavam presentes. Por motivos mais uma vez obscuros, o Shaman (sim, atualmente só tem um "a" mesmo) se dissolveu e nele só sobrou o Confessori (breve, resenha do álbum Immortal). Nesse tempo, também há trabalhos solos e mais alternativos como o projeto Virgo.
Praticamente vinte anos haviam se passado e Andre Matos se viu sem banda, deixando uma legião de fãs e também uma "carreta" de desafetos. Foi aí que surgiu a banda solo. Ainda com os irmãos Luis e Hugo Mariutti no baixo e na guitarra, respectivamente, estava em via de gravação o Time To Be Free, juntamente com Andre Hernandes também na guitarra, Rafael Rosa na bateria e Fabio Ribeiro no teclado.

Após o não tão breve histórico, vamos ao TTBF hehe.

Sabe qual é a última charada?
O que acontece quando um vocalista de metal famoso e reconhecido faz um CD solo após vinte anos de carreira sólida?
R: Time To Be Free.
Sim, meus companheiros do metal, Time To Be Free não apresenta nada de novo ou revolucionário e praticamente revisita as fases da carreira do Matos.
Isso é ruim? Depende. Depende do que você quer escutar.
Longos solos de guitarras, linhas de teclado, influência clássica, notas altas e todo o estilo que o tranformou num dos maiores tenores do metal mundial.
A faixa de abertura Menuett já mostra o que supracitei: os violinos e a orquestra estão lá. Lembrando pela estrutura a dupla Unifinished Allegro + Carry On, Menuett + Letting Go abre o disco de forma magistral. Está aí uma faixa BOA: Letting Go, talvez a melhor do álbum. Linda melodia, passagens orquestradas e tudo que a gente espera de uma música do Andre. Rio chega mais pesada e direta. Não há tantas diferenças em relação à demo que foi lançada alguns meses atrás. Eis aqui uma homenagem aos cariocas? O_o
Remember Why inicia com um instrumental exótico. Acho o começo dela meio chato e desnecessário. Mas o refrão e o que vem depois acho bem legal.
Temos logo após a faixa How Long (Unleashed Away). Diria que é uma mistura do que o Shamam com o Andre Matos fez. Há o melódico do Ritual com o som mais tradicional do Reason. Outro grande destaque.
O TTBF segue com Looking Back e Face The End. Acho que o disco como um todo teria mais consistência se pelo menos uma dessas faixas fosse mais "speed". Não que sejam músicas ruins, Looking Back é muito boa.
Talvez a faixa título, Time To Be Free, seja o que há de mais original (em relação ao que o Andre Matos já produziu). É uma música longa e com uma estrutura não muito comum em álbuns anteriores. Acho que nesse ponto, quem esperava um trabalho mais "power" desistiu do disco. Parece-me que a distribuição das músicas foi um pouco infeliz para esses ouvintes. Isso porque Rescue e Endeavour cumprem esse papel logo depois.
Mas entre essas duas faixas, há aquela que pode ser a canção mais polêmica do TTBF: A New Moonlight. Uma nova versão da primeira grande composição do Andre Matos, Moonlight no álbum Theatre of Fate do Viper. Aí temos uma adaptação da música clássica homônima de Bethoveen. Percebi que muitos gostaram dessa faixa. Eu particularmente não gostei muito, achei que houve muito preciosismo. Essa nova versão podia ser bem mais direta. São nada menos do que 8 minutos e 57 segundos. Prefiro a versão contida no Theatre of Fate.
Temos ainda no final o já esperado presentinho para os japoneses: a faixa bônus Separate Ways (Worlds Apart). Boa canção que podia estar no tracklist "normal".

Perceberam o tanto de referência histórica que eu usei? O motivo é o que já comentei: o Time To Be Free revisita as diversas fases da carreira do Andre Matos. Definitivamente não é um fato ruim. Pode esperar qualidade, pelo menos técnica, de qualquer coisa com o selo Andre Matos de qualidade.
Se você espera algo novo ou nunca gostou do Andre, este não é um CD para você. É fato que a grande maioria das pessoas que, por algum motivo, não gostam dele, não vão mudar de opinião agora. Mas, se assim como eu, sempre gostou do trabalho do Matos, ou por outro lado quer começar a conhecer, temos aqui um ótimo trabalho. Nada de revolucionário, porém TTBF cumpre muito bem seu papel de "o disco solo daquele que foi um dos grandes responsáveis por pelo menos três grandes bandas do metal nacional".

Faixas DO METAL: Letting Go, How Long (Unleashed Away), Rio, Remember Why (apesar de eu achar o começo meio chato) e Time To Be Free.

Tracklist:

Menuett - 0:48
Letting Go - 6:04
Rio - 6:00
Remember Why - 5:56
How Long (Unleashed Away) - 4:50
Looking Back - 4:56
Face the End - 5:12
Time to Be Free - 8:33
Rescue - 5:58
A New Moonlight - 8:57
Endeavour - 7:02
Separate Ways (Worlds Apart) - 5:17 (Bonus track Japan)

Anderson TS

7 comentários:

Anônimo disse...

aprimorando?

síntese ao final, ótima sacada!

;*

Mauro Garcia disse...

Gostei...otimos comentarios...

Mas acredita q eu gostei dele mais agora do q antes.
Eu torcia o nariz um poko pra algumas coisas dele no Angra, mas gostei dele ateh no solo

o/

Apaixonados por Filmes disse...

Sem exarcebamento, gostei ; ]!

Professor Tenório disse...

entende bem do assunto...

sempre que um vocalista parte pra carreira solo, fico pensando no instrumental.. se os caras que vao tocar vao dar conta do trampo...

Unknown disse...

pow, mto bom....
fiquei ocm vontade de conhecer esse album....

danft disse...

Otima review 1

Unknown disse...

Eu achei a voz do André muito boa nesse disco, mas a muscias achei beemm sem sal. Nenhuma musica que marque mesmo...