domingo, 28 de outubro de 2007

Review/Resenha: Tyr - Black Sabbath


Uma referência para todas as bandas de Heavy Metal (mesmo que indiretamente). É assim que o Black Sabbath é conhecido. Tido como a inventora do Metal (há quem discorde, incluindo os integrantes), a banda inovou no cenário do rock ao distorcer seus instrumentos, falar abertamente de temas mais obscuros em suas letras (embora outros já tenham feito isso antes, o Sabbath foi mais discarado) e tocar um "troço" que ninguém nunca tinha ouvido antes. Pronto! Tony Iommi, Geezer Butler, Bill Ward e Ozzy Osbourne plantaram a semente.

Fato é que, ao passar do tempo, a banda mudou sua sonoridade e, depois da saída de Ozzy Osbourne dos vocais, houve um troca-troca de integrantes que incomodou muitos fãs. O único que gravou todos os discos do Black Sabbath foi o guitarrista fodão Tony Iommi. Só pra citar vocalistas, passaram por lá Ronnie James Dio, Ian Gillan, Glenn Hughes, Dave Gillen, Ron Keel e Tony Martin, dentre outros. Por causa disso, muitos fãs torceram o nariz e viraram as costas para os outros trabalhos da banda.

Chegamos ao ponto desejado! É fato que a banda, ao longo dos anos, ficou bastante descaracterizada, mas isto não quer dizer que a banda ficou ruim. Os discos produzidos nessa época de instabilidade foram muito bons, e os músicos que passaram pelo Sabbath se caracterizavam por serem ótimos instrumentistas/vocalistas. Dentre eles, posso afimar com certeza que o mais injustamente criticado foi Tony Martin. Discorda? Vamos ao disco então...

Alem de Martin e Iommi, a formação do Sabbath nessa época (1990) era composta por Geoff Nicholls (teclados), Cozy Powell (bateria) e Neil Murray (baixo). Depois de um álbum relativamente bem-sucedido (Headless Cross, de 1988), a banda grava Tyr. Ao contrário do que muitos pensam, Tyr não é um disco conceitual que trate de mitologia nórdica. Esta, sem dúvida, se faz presente na bolacha, mas há também músicas que tratam de cristianismo e de czares (vai dizer que czar é nórdico?).

Mas o disco é bom? Eu digo: É ÓTIMO!!! A banda mandou ver em todas as músicas do álbum. Tyr já começa com Anno Mundi (The Vision), sua letra apocalítica casa bem com seu arranjo, que vai iniciando com uma guitarra dedilhada e um "coro" cantando "Spirictus Santus Anno Anno Mundi" repetidamente, daí entra Tony Martin cantando de mansinho. Aí chega Cozy entrando com a bateria e o cacete começa! Já nessa faixa, você vê que Martin canta muito!!

Depois vem The Law Maker. Essa é mais acelerada e se mantém assim até ao final. Segue Jerusalém; pesada, mas cadenciada. Esta lembra o disco anterior. A banda continua a mostrar que está bem coesa.

Aí chega The Sabbath Stones (minha preferida...). Cara, que bateria é essa?! Cozy Powell se garante!!! E as palhetadas de Tony Iommi, embora sejam mais comedidas do que de costume, dão o clima perfeito para a música. Só escutando para saber a sensação...

Agora sim! Chegamos à mitologia nórdica propriamente dita do álbum! Trata-se da trinca The Battle of Tyr/Odin's Court/Valhalla. A primeira é uma vinheta instrumental, a segunda é, basicamente falando, um violão dedilhado acompanhado pelo vocal de Tony Martin apresentando a corte de Odin. Daí entra Valhalla, que é mais ou menos no mesmo estilo de The Sabbath Stones. Acho que foi melhor só isso mesmo do que um disco inteiro.

A seguir, temos a balada Feels Good to Me, que, segundo a banda, só entrou no disco para ser lançada como seu single. Musicalmente, não tem nada a ver com o resto do álbum, mas isso não desmerece a música. Ela é boa, sim, e deixa muita banda "baladeira" no chinelo.

Fechando Tyr, Heaven in Black (a do czar... :P). Fecha o disco, além de contar com uma das melhores introduções de bateria já ouvidas. Belo encerramento!!!

Resumindo: se você gosta de metal bom, mas diz que Sabbath, só com Ozzy, deixe de ser preconceituoso e ouça Tyr!!!!!

Tyr - Black Sabbath
Ano de Lançamento: 1990

Cristiano

6 comentários:

Anônimo disse...

adorei o blog! n_n
mó vontade de ouvir Black Sabbath agora xD

Unknown disse...

um parece mto bom o blog.. vou ler :D

Anônimo disse...

Vocês ainda tão devendo a resenha do Dark Passion Play...

Que tal também uma do CD solo da Tarja?

Ah! Também quero a do Di'anno, ex-vocal do Iron... o cd que ele gravou logo após sair da banda é EXCELENTE!

Anderson TS disse...

Oi pessoal, aqui quem fala é Anderson. Estamos parados mas prometo que em breve voltaremos a postar resenhas.

Gostaria de pedir que quem comentasse deixasse algum contato para avisarmos sobre alguma atualização.

Obrigado.

Anônimo disse...

Eu acho esse o melhor cd do Black Sabbath, na minha opinião não resta duvidas...

Bela resenha!

Alexandre Nascimento disse...

Pois é, dizer que TYR é fraco ou que o Tony Martin é fraco é preconceito dos brabos! O cara canta muito e o play é muito bom! To escutando agora mesmo...